Porque gosto de Chambéry?

Já dei muitas gargalhadas em Chambéry. E como tenho uma memória que não presta para nada assim-assim, tenho de registar tudo "para mais tarde recordar"

- Estava um alemão no grupo (que nunca mais o vi) e estava o resto do pessoal a tentar dizer palavras em alemão. Surge a simples palavra Ich. Aiman (não sei se é assim que se escreve) começa a dizer a palavra várias vezes seguidas e numa posição como se estivesse a ser eletrocutado. Era vê-lo aos saltinhos ich ich ich ich

- Já não me leembro do tema da conversa mas ao conversar com Andrea digo-lhe a certa altura je suis melange (eu misturo) quando o que queria dizer era  je suis méchante (eu sou má). Rio-me a perder. Desta vez de mim própria. Dez minutos mais tarde ainda me continuo a rir do mesmo. Andrea responde Encore? Encore?

- Estamos a jogar ao Double (tenho de comprar o jogo. É mesmo divertido). Temos de nos livrar das cartas que temos e dizer o nome das imagens que vemos. A certa altura altura diz o Andrea "preservativo". Gargalhada total. E toda a gente "Hey, o que é que tu tás a dizer? Não há preservativos aqui".  E muito naturalmente ele responde "Então isto é o quê? Um preservativo!" Aiiiii, só de imaginar a cara dele.... (a imagem era na verdade um fantasma mas assemelhava-se a um preservativo, sim)

- Fabrice acorda e vai direto à cozinha onde estou eu e a Gilda. Tem uma meia por dentro do pijama e outra por fora. Nós começamos a gozá-lo do género "Tu acordas de qualquer maneira" "Tas muito bonito". Ele vai-se rindo sem perceber nada. Entretanto olha para o pés e diz "Ah, merde". Tem piada porque ele é tímido e ficou embaraçado.

- Aiman (que é homem) costuma dizer que tem um relacionamento amoroso com Andrea (que também é homem). Eu já lhe disse que a brincar é que se dizem as verdades mas ele diz que está mesmo a dizer a verdade. Ora, o relacionamento já vai avançado e ele diz que vai casar. Vira-se para mim e diz "Tu vais ser a nossa testemunha na igreja". Percebi tudo menos a palavra "testemunha" que se diz "témoin" em francês. Então respondo-lhe "Tudo bem, eu sou a tua te toi". E ele fica a olhar para mim com cara de "Ok, desisto de te explicar francês"

- Eu vou ensinando palavras portuguesas aos meus colegas de casa. Chegou a altura de se apresentarem e por isso ensinei-lhes a dizer "Chamo-me...". O Fabrice lá achou piada ao som ch e m juntos e o que é que faz? Põe-se em posição de meditar e começa "Chaaaaaa Chaaaaamooooo-me chamo-me chamo-me chamo-me Fabrice" Parto-me a rir.

- Numa das vezes em que fomo dançar salsa, já chegamos tarde e instalamo-nos ao balcão que está em frente à casa de banho. Ora, o Andrea tinha de vir com as piadas. Entretanto ouve o autoclismo e diz algo como "Como é que podemos dançar salsa ao som do autoclismo?" Lá está a Dxani a dar gargalhadas. Ri-me tanto que me começou a doer as costas. Então ponho as mãos nas costas (como se fosse uma grávida) e Andrea pergunta-me
- "O que é que foi?"
- "Doem-me as costas de rir"
- "Ah, a mim também me acontece. Quando me rio, doem-me os joelhos."
(Podes parar de me fazer rir? É que me doem mesmo das costas)

- Antes da Gilda ir dormir diz a toda a gente "Bon nuit, boa noite, sogni d'oro, sonhos cor de rosa". O Alexandro (não sei se se escreve assim) diz imediatamente "A tes souhaits" ("Santinho"). Parto-me a rir. Mas a rir a sério. Não conseguia parar de rir, nossa! É a piada seca que se costuma dizer em França quando não se entende o que as pessoas dizem. "A única coisa que percebi foi 'Bon nuit'", diz ele. Que riso!

- Fabrice propôs-me irmos ao karaoke um dia. Perguntou-me se eu gostava de cantar ao que a Gilda responde imediatamente "Ah sim, gosta. Ela canta no banho". Teve piada porque quando canto não penso se alguém me está a ouvir. Agora já sei que toda a gente me ouve na casa.

- Fomos ao cinema ver um filme italiano com legendas em francês (que nó na minha cabeça) mas que fica fora da cidade. Na volta para casa, pergunto eu a certa altura: "Já chegamos ao centro de Chambéry ou ainda estamos fora? (Foi um dia à noite). Diz a Gilda: Já chegamos, já, Dxani. Olha ali à frente o Intermarché, o teu supermercado preferido.
A piada é que eu falo muito do Intermarché porque posso encontrar as mesmas coisas que em Portugal.

-Fui com Andrea a um bar. Quando entramos ele inspira como se estivesse a cheirar e diz: "Hmm, que bom. Há cavalos?"

- Andrea mete o seu dedo no nariz e pergunta a madeline: Incomoda-te o meu dedo no meu nariz?
Ela não gostou muito da pergunta e olhou para ele com cara de má.
E ele continua: É que se te incomodar eu meto o dedo no teu nariz. Ou tu metes o teu dedo no meu.

Sem comentários:

Enviar um comentário